Vencedora do CONCURSO!!!
Bom meninas, como esse ritmo de festas de final de ano é bem frenético, demoramos um pouco para divulgar a vencedora, por isso pedimos mil desculpas!!!
Entããããaoooo.... a Vencedora do concurso "Natal é Coisa de Amigas" éééé...
Fernanda Cury de Campinas!!!!!
PARABÉNS!!
Seu prêmio já já vai chegar aí... Esperamos que goste!
Não podíamos de deixar de colocar aqui a história e a foto da Fernanda e sua amiga Michelle:
Michelle e eu somos mulheres de poucas amigas e alguns amigos. Eu, particularmente, nunca tive uma grande amiga de infância, daquelas de compartilhar bonecas e brincadeiras de casinha. Tinha, sim, minha irmã, minha prima e meus poucos amigos – grandes amigos até hoje. Passei minha adolescência ao lado desses poucos amigos, entre CDs e discos de vinil de bandas antigas, mas nunca na companhia de uma amiga. Passei pela universidade com os mesmos amigos e algumas colegas, mas sem amigas. E digo com segurança que nunca me fizeram falta.
No final de 2.005, prestes a me formar e a continuar minha vida só de amigos, sem amigas, conheci pessoas impressionantes, de uma forma atualmente comum, mas pouco crível: em uma comunidade do Orkut sobre uma aquelas bandas antigas que já ouvia, o Pink Floyd. Dentre essas pessoas que conquistaram todo o meu amor e mais um pouco – Cássio, meu eterno chefe, Moa, meu pai de faz-de-conta, Hugo, Werner –, havia um moçoilo, em particular, com quem eu costumava conversar até tarde da noite, para descansar a mente dos transtornos da monografia. Esse moço, o Rafa, e eu, jogamos conversa fora por horas a fio entre novembro daquele ano e março de 2.006, sem perceber a existência de uma questão crucial desta história, a qual vocês irão conhecer mais adiante.
Muito embora seja dito que "quem gosta de passado é museu", eu me vejo obrigada a lhes contar que, naquele ínterim, eu passava por um fim de relacionamento turbulento, depois de quase sete anos, e, diante da falta de amigas, aqueles meus poucos amigos viam-se no papel de muro das minhas lamentações e do meu saco cheio. Mas eles também não tinham o feeling necessário para captar aquela questão crucial que eu já mencionei; ali, uma amiga começou a me fazer falta, confesso. E eu me lembrei que costumava conversar com a Michelle, aquela carioca gente boa da comunidade do Orkut; porém, o papo nunca evoluía muito além dos discos e das músicas do Pink Floyd.
Ocorre que, por uma razão que, sinceramente, eu, cética, desconheço, aquela carioca gente boa da comunidade me chamou no MSN em uma madrugada em que eu estava eufórica e esbaforida, recém-chegada de um show do Oasis regado a muita chuva e a muito choro, dizendo, posso conversar contigo sobre um assunto delicado?, e eu permiti-lhe a palavra. Ali, ganhei a minha primeira amiga. Michelle tinha o feeling que os meus amigos barbudos não tiveram. Ela me mostrou aquela questão crucial, que eu ainda não tinha enxergado, e que ninguém mais havia conseguido me mostrar. Ela deu o tapa na cara que faltava, para mim e para aquele moço de Brasília, o Rafael, mandarmos a distância às favas e descobrirmos, depois de tanta tolice, que estávamos perdendo tempo.
Michelle, do Rio de Janeiro, conseguiu dar o pontapé inicial no namoro de um moçoilo do Planalto Central e de uma moçoila do interior paulista, detalhe, sem jamais ter conhecido um e outra pessoalmente. Mas um dia, com meus botões, pensei, eu nunca pude abraçar a minha amiga. Tive uma sensação de ingratidão, não sabia o que fazer. Então, por outra razão que eu confesso desconhecer, surgiu a oportunidade de reunirmos o grupo de amigos da comunidade do Orkut em Curitiba, de onde são alguns deles. Será que vou vê-la?
Desembarquei no aeroporto Afonso Pena no dia 12 de outubro de 2.006, debaixo de muita neblina, com um joelho imobilizado e morrendo de tensão até os ossos. Saí da plataforma mancando e cheia de malas, e não vi nenhum dos rostos conhecidos (por fotos) ao redor. Cara de interrogação. Mas ela veio. Danada, veio por trás com aquela cabeleira vermelha, me deu um susto sem tamanho, derrubou minha bagagem, machucou meu joelho, e minha ficha caiu. Foi o nosso primeiro abraço, daqueles escandalosos, rodados, com gritinhos histéricos. Ela existe mesmo, eu tenho uma amiga de verdade.
Tive três dias memoráveis em Curitiba, entre amigos, namorado e amiga. Depois dessa ocasião, porque somos workaholics (e porque ela tem medo de avião), não pudemos nos abraçar de novo. Mas posso dizer que não me faz falta o abraço físico, porque sinto todos os dias como se ela estivesse diariamente comigo, como fazem amigas de infância, sem trabalho, sem responsabilidades, sem obrigações. Ela, no Rio, eu, em Campinas, e nossa amizade sem lugar físico para morar.
Michelle me fez chorar quando me chamou para conversar sério, quando nos conhecemos e quando nos despedimos em Curitiba (pode-se perceber da foto, embora meu rosto não apareça). Hoje, foi por um triz. Safada. Mas eu a amo mesmo assim. Pelo menos agora, com 25 anos, eu posso dizer que tenho uma amiga.
P.S.: Rafa e eu estamos juntos há dois anos e meio, entre idas e vindas de Brasília a Campinas e vice-versa, muito bem, obrigada. Culpa de Michelle.
Que essa amizade seja sempre ESPECIAL!
Feliz Natal pra todas vocês! Beijos das amigas!